jsonp({titulo:"Aprenda como cultivar e conservar o alho",abas:[{titulo:"PLANTA",conteudo:"
Existem muitos tipos de alho, que diferem em cor, casca, tamanho, forma, sabor, número de dentes por cabeça e resistência ao armazenamento.
O alho grande, com maior número de bulbilhos, é chamado de “alho nobre”, apresenta bulbo semelhante a uma cebola e pode apresentar até mais de 12 dentes recobertos por cascas, que variam da cor branca até a roxa.
No entanto, essa variante é a mais exigente em termos de cultivo, pois necessita de uma longa exposição ao sol e a baixas temperaturas para completar seu ciclo de crescimento e desenvolvimento. “Tem preferência pelo frio e até resiste a geadas”, afirma o Diretor da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio Grande do Sul (Fepagro Sul) e engenheiro agrônomo, Ivan Renato Krolow.
A cultura de um outro tipo de alho, o Allium ampeloprasum L. mais conhecido como alho macho, boró, rei ou “do oriente”, tem aumentado, e isso se deve à rusticidade e à resistência a algumas doenças.
De menor porte e com menos dentes, essa variação possui sabor mais suave sendo indicado ao consumo in natura.
"},{titulo:"CULTIVO",conteudo:"Para plantar alho em vasos e floreiras, ou no quintal de casa, recomenda-se a compra dos bulbos em viveiros especializados, pois as cabeças encontradas nos supermercados ou feiras podem ter recebido um tratamento que impede a germinação.
Também é importante que o local do plantio seja espaçoso para caber o maior número possível de dentes, visto que cada exemplar só fornece um bulbo.
De acordo com José Luiz Bortolossi, engenheiro agrônomo, as linhas de plantio devem ser espaçadas de acordo com o tamanho do dente. Quanto maior o dente, maior o espaçamento. Em geral recomenda-se entre 7 cm e 10 cm entre dentes, e cerca de 25 cm entre as fileiras.
A profundidade das covas também varia, ficando entre 3 cm e 5 cm. O tipo de terra deve ser leve e fina, bem como rica em matéria orgânica. Nas culturas comerciais o solo é preparado com antecedência de no mínimo 60 dias, o seu pH é corrigido e a fertilização é feita de acordo com a análise laboratorial do substrato interpretada por um engenheiro agrônomo. “Se possível deve ser utilizado fertilizante orgânico enriquecido com minerais”, explica o engenheiro agrônomo Ivan Renato Krolow.
A melhor época para o plantio é nos meses de março e abril e, para a colheita, em outubro e novembro. O alho precisa de exposição contínua e prolongada à luz, prefere temperaturas mais baixas e não aguenta água em excesso.
A planta está boa para a colheita quando atinge de 30 cm a 40 cm e apresenta de três a quatro folhas verdes, sendo que as demais devem estar secas. Quando o vegetal tomba inteiramente também já pode ser colhido. O processo de recolha é feito manualmente e, após a retirada da terra, é necessário deixar os bulbos expostos ao sol de três a quatro dias.
"},{titulo:"PRAGAS E DOENÇAS",conteudo:"Na cultura comercial do alho existem fatores patológicos que podem reduzir a produção, como infecções causadas por fungos como Puccinia porri (D.C.) Rud., Puccinia allii, mancha de Fusarium (Fusarium oxisporum) e bacterioses (Pseudomonas).
Já a ocorrência de pragas não é limitante do cultivo e as principais são as trips (Thrips tabaci), que ocasionam ferimentos com redução no limbo foliar; os afídeos (transmissores de viroses), que sugam a planta; e os ácaros-do-chochamento (Aceria tulipae), que na lavoura manifesta-se por folhas retorcidas e no armazém pelo enfraquecimento dos bulbilhos.
Existem também as traças-do-alho (Cadra cautella, Ephestia elutella, Plodia interpunctella), cujas larvas atacam o vegetal durante o armazenamento, e os nematoides (Ditylenchus dipsaci), que causam bulbos esbranquiçados e pouco consistentes, raízes necrosadas e a parte aérea amarelecida e murcha.
Para auxiliar no combate às pragas e doenças, no geral, recomenda-se a eliminação das plantas ou de partes da planta afetada, além de controles químicos específicos e indicados por um profissional.
"},{titulo:"ARMAZENAMENTO",conteudo:"Recomenda-se alguns cuidados básicos no armazenamento do alho:
- Quando em réstias (muito utilizado como decoração), os bulbos devem ser mantidos em local úmido, frio e arejado. “Nessas condições podem permanecer por mais de 60 dias, mantendo a qualidade que permite serem utilizados”, diz o engenheiro agrônomo Ivan Renato Krolow.
- Para o consumo, outra maneira de conservar é na forma de pastas (esmagados), na geladeira, ou na forma de dentes descascados, também sob refrigeração. Porém, não se deve congelar o alho, que perde grande parte de suas qualidades.
"},{titulo:"CURIOSIDADES",conteudo:"O alho comum (Allium sativum L.), pertence à família Alliaceae, e é uma planta bulbosa, como a cebola. De acordo com o engenheiro agrônomo Ivan Renato Krolow, existem documentos antigos que relatam sua presença na Europa Mediterrânea e Continente Asiático, com origens que remontam cerca de 6 mil anos ou mais.
Por muito tempo, essa iguaria era de uso intenso nas classes sociais mais baixas e, na antiguidade, serviu como moeda de troca por escravos. “Hoje o tempero possui importante papel econômico e social para famílias em diversas regiões do Brasil, como em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal e Bahia.”, diz Krolow.
Considerado um antibiótico natural, seu sabor e aroma são originados da alicina (tiossulfato de dialila) e não há quem não conheça um remédio caseiro que leve o ingrediente. Essa vocação antibacteriana é comprovada por estudos realizados em diversos centros de pesquisa farmacológica no mundo todo.
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