jsonp({titulo:"Veja dicas de cultivo e cuidados",abas:[{titulo:"COMPRA E CULTIVO",conteudo:"
A amora é um fruto agregado, ou seja, formado por varias mini-drupas (gominhos). De acordo com o doutorando em Agronomia, João Paulo Dias, a melhor variedade disponível no mercado é a Tupy, com espinhos, que produz frutos grandes (6 g) e coloração preta e uniforme, recomendada para o consumo "in natura" por apresentar baixa acidez. Além dela, existem muitas outras como a Brazos e a Ebano Guarani, bem como variedades sem espinho, por exemplo, a Xavante.
A melhor época para o plantio das mudas é a chuvosa, a fim de manter um nível satisfatório de umidade no solo. A planta vai bem em vários tipos de terreno, mas é recomendado evitar os muito argilosos ou arenosos.
Para o pesquisador da Embrapa, Luis Eduardo Antunes, a melhor forma de comprar os exemplares é na forma de mudas com 30 a 40 cm de altura, em sacos de 0,5 a 1 litro de capacidade, adquiridas em viveiros especializados com registro no Ministério da Agricultura.
Para o cultivo de grande porte, o pesquisador recomenda ainda adquirir as plantinhas em laboratórios de cultura de tecidos vegetais. “São mudas livres de doenças”, atesta.
Adubação e podas
A adubação orgânica (esterco de animal) e a verde (feijão, soja, tremoço) proporciona a melhoria das propriedades físicas do solo e facilita o desenvolvimento de microrganismos. Como sugestão, pode-se aplicar uma mistura de esterco de curral curtido, farinha de osso e torta de mamona.
Não é recomendável fazer poda ou colheita antes dos seis meses a contar do plantio, para que a planta possa desenvolver seu sistema radicular e estabilize seu desenvolvimento. Além disso, não é indicada a aplicação de inseticidas ou outros produtos químicos, uma vez que a amoreira é bem rústica e resistente.
Na maior parte do ano, a planta se basta com a irrigação natural, por meio das chuvas. A irrigação manual é recomendada em épocas de muita seca, quando o solo torna-se muito árido.
Já a poda é indispensável para o bom crescimento e qualidade dos frutos, pois os ramos da amoreira preta “vivem”, em média, 18 meses. No inverno é recomendável a poda seca, quando são eliminados os galhos secos, sem folhas. Depois da produção deve ser realizada uma poda dos galhos verdes – o chamado desponte - para evitar que as hastes fiquem muito compridas e uma segunda poda de eliminação, que corta as varas que já deram frutos.
"},{titulo:"NO APARTAMENTO",conteudo:"Se você mora em apartamento, não se preocupe, a amora é uma fruta que se adapta bem aos vasos se observadas as dimensões corretas, além da irrigação e da poda. O vaso deverá ter no mínimo 50 cm de diâmetro, para 18 litros de substrato, quase o equivalente a uma lata de tinta grande.
Como as raízes tendem a enovelar dentro do recipiente é recomendada a renovação da terra e realocação da planta para um vaso maior, sem esquecer da adubação que pode ser feita com produtos específicos encontrados em casas agropecuárias.
O arbusto não precisa de nenhum suporte especial porque é uma planta de porte semiereto. No entanto, o pesquisador da Embrapa, Luis Eduardo Antunes, recomenda que para o transporte de plantas com mais de um metro de altura se utilize apoios para mantê-las em pé.
Já que dentro de casa não tem chuva, a irrigação deve ser intuitiva, ou seja, quando se percebe que a terra está seca é hora de molhar a planta. No entanto, são recomendadas pequenas irrigações mais vezes por semana em lugar de saturar a terra com água uma vez a cada sete dias.
"},{titulo:"PROPAGAÇÃO",conteudo:"De acordo com o doutorando em Agronomia, João Paulo Dias, a propagação da planta tradicionalmente se dá por meio de estacas de raízes, além de rebentos (brotos), estacas herbáceas e lenhosas.
A estaquia, ou "multiplicação por estacas", é um meio de reprodução assexuada muito utilizada nas produções de mudas de plantas, principalmente, as ornamentais e frutíferas. O método consiste no plantio de um ramo ou folha do qual se desenvolve, por enraizamento, uma nova planta.
"},{titulo:"PRAGAS",conteudo:"As principais pragas que acometem as amoreiras são as brocas de ramos e caule, que deverão ser eliminadas com a poda, e as moscas.
O sintoma do ataque das brocas caracteriza-se por galerias abertas pela larva, que percorre o interior do ramo principal até o colo da planta, mas não ataca as raízes. Essa galeria impede o fluxo de seiva, causa a perda do vigor e finalmente mata o vegetal.
A broca permanece no interior dos ramos até atingir a fase adulta, quando abre um orifício circular no lenho, que coincide com a fase de colheita e pós-colheita (janeiro). O doutorando em Agronomia João Paulo Dias diz que não existem inseticidas registrados para o controle dessa praga, por isso recomenda-se a retirada dos ramos velhos do pomar, logo após a colheita, evitando dessa maneira a disseminação do inseto.
Moscas
Já as moscas agem diretamente sobre os frutos, que apresentam queda prematura. Deve-se usar armadilhas para monitorar e controlar o ataque por esses insetos, além de eliminar todos os frutos caídos ou que passaram do ponto de colheita. Conforme o grau de infestação, é necessário usar uma solução-isca com inseticida aplicada nas bordas do pomar.
As amoras ainda podem ser atacadas por fungos e bactérias. Os fungos mais comuns causam antracnose e ferrugem, e as bactérias podem, com maior frequência, infectar as estacas durante o enraizamento.
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