jsonp({titulo:"Trechos do curso",abas:[{titulo:"Situação-problema",conteudo:"
"Eu trago aqui uma questão bastante interessante para a gente discutir. Tenho uma aluna do ensino médio que é travesti, Patrícia, 2ª série de ensino médio da EJA (Educação de Jovens e Adultos). Patrícia é literalmente uma mulher, só quem viu seu RG sabe que ela é Manuel. Patrícia estava sempre nas proximidades da escola, embora não fosse nossa aluna. Procuramos saber quem ela era e por que ia lá todos os dias. Ela nos contou que vinha encontrar uma amiga. Questionada sobre seu local de estudo, disse que não estudava, que tinha sido vítima de bullying e abandonou os estudos. Patrícia foi jogada de cabeça no latão de lavagem na escola. Convidamos Patrícia a voltar para a escola e ela entrou no programa de EJA. Depois de matriculada, ficamos muito preocupados, pois quando foi usar o banheiro, usou o feminino. Houve apenas uma reação. A de uma senhora evangélica que disse que não queria usar o mesmo banheiro que um homem. E até o momento ninguém mais reclamou ou se manifestou a respeito. Temos hoje vários alunos gays e lésbicas. Permitimos o uso do banheiro feminino por ela se achar uma mulher.Nós estamos agindo corretamente desta maneira?" Fonte: Curso "A Conquista da Cidadania LGBT" |
"},{titulo:"O sentido da sexualidade",conteudo:"
“Perguntar por que sou homossexual é tão inútil quanto perguntar por que nasci com olhos azuis e não castanhos, comentava o escritor francês Jean Genet, numa antiga entrevista. Com isso ele queria dizer que existe uma subjetividade insubstituível em ambos os casos: é tão pessoal ter os olhos azuis quanto ser homossexual. E, portanto, desnecessário buscar explicações. Ninguém pode acusar ninguém de ter nascido branco ou preto, loiro ou moreno, magro ou gordo. No caso da sexualidade, a confusão se instaura porque entram em discussão motivos que nada têm a ver com a lógica da subjetividade. No decorrer dos séculos, a prática sexual tendeu a ser atropelada por motivações invasivas, ou seja, há sempre interferências de ordem médica, religiosa ou política para explicar a sexualidade, cuja diversidade é tão grande quanto o número de seres humanos.” Fonte: Curso "A Conquista da Cidadania LGBT" |
"},{titulo:"Homofobia",conteudo:"
“A homofobia é uma visão sexista contra homossexuais. É um preconceito levado ao extremo. Agredir um casal de homens que estão abraçados ou de mãos dadas na rua é homofobia porque você parte do princípio de que eles são homossexuais e os ataca, sem sequer se questionar. Pode errar feio, como aconteceu recentemente no interior de São Paulo, quando um grupo de rapazes agrediu dois homens abraçados, sem saber que eles eram pai e filho – chegaram ao extremo de cortar um pedaço da orelha do pai. Ou quando atacaram dois amigos na avenida Paulista, em São Paulo, só porque eles estavam próximos de locais frequentados por homossexuais – e os dois, na verdade, eram heterossexuais. Esses homofóbicos estão de tal modo possuídos pelo ódio que perdemo freio do raciocínio.” Fonte: Curso "A Conquista da Cidadania LGBT" |
"},{titulo:"Preconceito contra travestis e transexuais",conteudo:"
“Se no Brasil é grande o preconceito contra lésbicas e gays, ainda mais violento e generalizado é o preconceito contra travestis e transexuais. Isso ocorre graças ao desconhecimento do seu histórico de marginalização forçada. A situação das travestis e transexuais requer que o Estado implemente políticas públicas para essa população. Elas vivenciam a marginalização, violência, desemprego e várias vulnerabilidades individuais e sociais. Só recentemente, e de maneira ainda tímida, tem-se pensado em integrar essas cidadãs brasileiras no mercado de trabalho, oferecendo-lhes cursos profissionalizantes. Não se trata de paternalizar e vitimizar as travestis e transexuais, mas de dar-lhes oportunidade de serem parte da sociedade democrática em que deveriam estar inseridas.” Fonte: Curso "A Conquista da Cidadania LGBT" |
"},{titulo:"Violação dos direitos humanos",conteudo:"
“O único levantamento geral sobre violência homofóbica no país é realizado anualmente pela ONG Grupo Gay da Bahia - GGB, mediante pesquisa em matérias de imprensa e outros meios de divulgação. Os resultados sempre apontam para um aumento do número de homicídios, resultados estes que também são utilizados por organismos internacionais. No Brasil, segundo o relatório do GGB, um LGBT é assassinado por motivação homofóbica, a cada 2 dias. Nota-se ainda que casos de violência homofóbica cada vez ganham mais espaço na mídia, que joga luz sobre a violação dos direitos humanos da população LGBT.” Fonte: Curso "A Conquista da Cidadania LGBT" |
"}]});