jsonp({titulo:"10 ERROS PARA EVITAR",abas:[{titulo:"1º",conteudo:"
A não ser que a empresa seja sua (e mesmo assim há muitos limites), jamais leve uma criança para o trabalho, se isso não tiver sido combinado anteriormente. "Primeiro, entre em contato com o gestor e explique que houve um imprevisto e que não tem com quem deixar o filho", sugere Izabel Failde, psicóloga e consultora organizacional e de carreira, de São Paulo. Dificilmente, uma criança não atrapalhará o ambiente de trabalho, pois requer atenção e cuidados que não podem ser dados neste local. Se o problema levar mais tempo para ser solucionado –no caso de uma greve escolar ou do pedido de demissão da babá, por exemplo– o ideal é conversar com o chefe e propor uma antecipação de férias, até que a questão seja resolvida.
Quem tem esse hábito costuma achar que ele é sinônimo de discrição e gentileza –afinal, ninguém vai ouvir o conteúdo da conversa. No entanto, o senta e levanta atrapalha –e muito– a concentração dos colegas, além de provocar interrupções prejudiciais ao desempenho. "Estudos comprovam que demoramos cerca de 10 minutos, na melhor das hipóteses, para conseguir o mesmo nível de atenção em uma tarefa, após um intervalo. Se o tema da conversa for relativo ao trabalho que está sendo executado, menos mal. Caso contrário, o desvio de atenção é total", diz a psicóloga Izabel Failde.
Eduardo Shinyashiki, consultor de desenvolvimento humano e diretor da Sociedade Cre Ser Treinamentos, afirma que, a não ser por conta de ocasiões especiais, como um problema familiar que deve ser resolvido naquele dia, deixar sua sala repetidas vezes para falar ao telefone vai gerar uma impressão negativa. "Geralmente, as pessoas relacionam essa atitude a estar procurando um novo emprego, por exemplo. A mesma dica vale para quem gosta de trocar mensagens pelo celular", diz. Então, restrinja o uso, avise os amigos e familiares e faça o possível para atender suas ligações nos horários de intervalo. Além de ser ético e respeitoso, você poderá cobrar o mesmo comportamento dos demais.
Há quem prefira a música da moda. Mulheres, em alguns casos, gostam de ouvir o tema que lembra o seu amor e, quando ele liga, o telefone toca de outro modo. E há, ainda, pessoas que selecionam uma canção específica para cada um dos contatos da lista, o que transforma um ambiente em uma espécie de rádio FM amadora –compartilhada a contragosto, aliás. Mesmo que use o aparelho apenas para questões pessoais, atendê-lo em um ambiente de trabalho requer adaptações. Em um ambiente corporativo, o toque do celular tem de ser mais ameno e causar o menor impacto possível. Sem esse cuidado, você pode expressar infantilidade, futilidade e irritar a equipe, o que não pega bem. Portanto, escolha um toque convencional, em um volume perceptível apenas para você. Se é do tipo que precisa sair da mesa o tempo todo para resolver assuntos de trabalho, leve o aparelho junto ou deixe-o no modo silencioso.
Uma das piores características de um profissional é o hábito de reclamar. Isso pode afastar os colegas até a exclusão total. Pessoas assim têm dificuldade de agregar, relacionar-se, manter um grupo unido e ser líder. Reconhecer-se assim é difícil. Acate os comentários de colegas que lhe dão toques dizendo o quanto você é (ou está) negativo, triste, desiludido. Pense se isso faz parte do seu cotidiano ou é momentâneo. Qualquer uma das hipóteses deve levá-lo a uma conclusão: as pessoas ao seu redor não precisam, nem devem, conviver com negativismos, a não ser que escolham isso. "A negatividade não leva a lugar algum, ou melhor, leva à descrença, ao desânimo, ao afastamento dos amigos e colegas. Esforce-se para encontrar o lado bom das coisas. Se seu primeiro impulso é ver o lado negativo, tente achar algo de bom", diz Izabel Failde, psicóloga. Liz Verônica Luisi, também psicóloga, afirma que mau humor é sempre impróprio. "Ninguém tem nada a ver com seus problemas pessoais, de saúde ou com sua TPM. Ninguém merece a imagem e a convivência de alguém que parece sempre infeliz e leva questões de sua vida pessoal para o trabalho. Em casos mais graves, mau humor deve ser tratado com terapia e medicação", diz.
Você acha que seu salário é baixo em relação aos profissionais do mercado com a mesma função? Considera a comida do restaurante da sua empresa pior do que uma lavagem? Te obrigam a trabalhar por duas pessoas porque a colega deixa tudo para a última hora? Bem, antes de cogitar a possibilidade de procurar outro emprego, vá conversar diretamente com a pessoa que pode resolver o seu problema (o chefe, por exemplo). Em hipótese alguma, use as redes sociais para desabafar, criticar ou mandar recadinhos desaforados. "Às vezes, você pode se esquecer, mas o ambiente das redes sociais é aberto e gera um histórico virtual. Por isso, evite comentários contrários às diretrizes da sua empresa ou críticas aos profissionais que fazem parte dela. Quando tiver suas reclamações, procure as pessoas responsáveis por recebê-las e trate o assunto diretamente com elas. E lembre-se: cada vez mais empresas estão monitorando o que se faz no mundo virtual", diz o consultor Eduardo Shinyashiki. Sem contar que, dependendo do conteúdo da mensagem, existe o risco de demissão.
Segundo a psicóloga Liz Verônica, roupas muito decotadas, transparentes, que mostram a barriga, que deixam top ou sutiã aparente, maquiagem em excesso e bijuterias imensas estão vetadas. "A imagem comunica possível vulgaridade, mau gosto e a ideia de alguém que quer seduzir outra pessoa. O que tem de chamar atenção é o bom trabalho, a cooperação e criatividade do profissional. Jamais a sua vestimenta e seu corpo", diz. Para os homens, tênis, bermudas, calçados abertos, piercings, tatuagens à mostra, cabelos descoloridos e barba por fazer estão restritos a empresas muito específicas e informais, de ambientes estritamente internos. "Dificilmente essas roupas condizem com ambientes de trabalho convencionais", explica ela. O "casual day" também merece atenção –não é dia, por exemplo, de investir em um visual que se usaria no clube. "Se a dúvida aparecer, consulte alguém da sua confiança antes de ir para o escritório. Ao mínimo sinal de que a roupa é inadequada, troque", diz o consultor Eduardo Shinyashiki.
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Muitas vezes, pedir desculpas é visto como um argumento para justificar algo que não deu certo. Em uma relação afetiva –de casal, familiar ou de amizade– essa estratégia até pode ser válida, assim como o compromisso de se dispor a mudar e a melhorar. Em um escritório, no entanto, pedir desculpas o tempo todo demonstra fragilidade, incompetência para ocupar cargos de maior responsabilidade, dificuldade de tomar decisões e imaturidade. A dica para reverter esse quadro é do consultor Eduardo Shinyashiki: "Tenha uma atitude pró-ativa e, ao apresentar um resultado negativo, já demonstre também a solução para reverter o cenário. Dessa forma, as pessoas vão entender que você está preocupado com o sucesso das suas atividades, mesmo que, às vezes, as coisas saiam do programado."
Desde o uso excessivo de gírias, até a incapacidade de transmitir as mensagens que deseja da forma adequada, todo cuidado com a sua comunicação é importante. A competência comunicativa é uma das habilidades essenciais para o profissional em uma sociedade dinâmica e inovadora. "Sugiro que cada pessoa ponha-se no lugar de seu chefe, de seus colegas e de seus subordinados no trabalho. Depois, pergunte a si mesmo que conceito eles fazem dela a partir do vocabulário que usa", diz a psicóloga Maria Celia de Abreu, de São Paulo. "Se essa é a imagem que ela quer projetar de si mesma sobre os outros, que continue assim. Mas sabendo que haverá consequências. Não há como escapar das normas sociais que regem as relações humanas em um setor profissional”, diz. Mesmo nos setores mais informais, gírias e palavrões, em geral, são tidos como sintoma de imaturidade e falta de repertório para se comunicar.
O dilema social da mãe que trabalha não está resolvido. Mesmo no século 21, é comum que a profissional que é mãe se sinta dividida, confusa, culpada, com dificuldade de estabelecer prioridades. E, em horário de trabalho, não vê outra saída a não ser controlar os filhos pelo telefone. "Ela pode achar que coisas desse tipo não prejudicam o desempenho profissional, que o chefe é amigo, que os colegas são compreensivos...Em geral, isso não é o que acontece de verdade", diz a psicóloga Maria Celia de Abreu. Durante aquelas determinadas horas, o trabalho tem de ser priorizado. "E quem não o faz projeta uma imagem de pessoa displicente ou confusa", diz ela, que, no entanto, acha que a mãe, individualmente, não pode ser responsabilizada por deslizes profissionais desse tipo. "É a sociedade que não fornece estrutura para que crianças sejam acolhidas durante as horas em que a mãe trabalha". O jeito é se virar na hora do almoço para resolver as questões maternas ou, se não houver jeito, quando há poucas pessoas na sala. E sempre em tom de voz baixo.
A equipe se sente constrangida quando uma pessoa resolve compartilhar a vida, dar instruções ou conversar com colegas praticamente aos gritos. "Isso é extremamente deselegante, interfere no desempenho das pessoas e as incomoda. Expressa falta de educação e de espírito de equipe. A imagem fica muito ameaçada, por melhor que sejam os colegas e superiores", afirma a psicóloga Liz Verônica Vercillo Luisi. Dependendo do ambiente de trabalho, pode ser intolerável, como é caso de hospitais ou escolas, por exemplo. Silêncio e discrição são fundamentais à conduta profissional. E, mesmo que o seu trabalho seja um local descontraído, as pessoas precisam de concentração -e gritos nunca são agradáveis. Se for uma discussão, então, piorou. Inclusive ao telefone. Não discuta com namorados, pais, amigos ou qualquer pessoa no trabalho (mesmo que esteja usando o seu celular particular). Controle-se e deixe essa conversa para quando você chegar em casa.