jsonp({titulo:"",abas:[{titulo:"Entenda o caso",conteudo:"
O cliente da NET conta que percebeu algo estranho ao acessar o navegador Firefox em seu notebook. “Sempre deixo várias abas abertas e, quando abri o programa, nenhuma delas apareceu. Fui então até o histórico de navegação para recuperá-las e me deparei com os endereços pornográficos”, lembra.
Naquele mesmo dia, um técnico da NET havia estado em sua residência, por volta das 13h da tarde, para reparar a conexão de internet que estava com problemas. “Eu não estava em casa, quem recebeu o técnico foi uma senhora que trabalha para nós”, detalha Prado.
Segundo Prado, é impossível que ela tenha acessado os endereços, porque não sabe usar computadores. “Pelo horário de acesso, a única pessoa que resta é o técnico”, conta o cliente.
Ao mostrar para a empregada os endereços das páginas, ela ficou surpresa e disse a Prado que o técnico ficou cerca de 20 minutos sozinho na sala do computador. “Ela falou que, quando voltou ao cômodo, encontrou o técnico com o computador no colo.” Logo após “resolver o problema” da conexão, ele teria ido embora.
"},{titulo:"Reclamação ",conteudo:"Indignado com a situação, Prado contatou a operadora para fazer uma reclamação, mas não obteve retorno. “Disseram primeiro que dariam uma resposta ao caso em 48 horas, mas não retornaram. Liguei de novo, informaram que, na verdade, aquele problema precisava de mais cinco dias úteis para resposta. E nada de novo”, reclama o cliente.
Cerca de duas semanas após o ocorrido, um representante da NET -- segundo a empresa, coordenador técnico -- entrou em contato por telefone com Prado para pedir desculpas. “Ele afirmou achar estranho a denúncia, porque se tratava de um funcionário com ‘comportamento exemplar’ e informou que no momento ele estava de férias”, conta.
“Pagamos caro pelo serviço, para um funcionário vir aqui na minha casa e ficar acessando pornografia. É um absurdo”, completa.
"},{titulo:"O que fazer em casos assim",conteudo:"Prado diz não ter intenção de processar a empresa, mas poderia, segundo um especialista em direito digital consultado pelo UOL Tecnologia. O cliente nesse caso pode entrar com uma ação por danos morais contra a operadora e o técnico.
Outro problema é em relação ao tipo de conteúdo acessado, que poderia ter sido criminoso. Se fosse pornografia infantil, por exemplo, a polícia em uma investigação conseguiria chegar até a casa do cliente da operadora, pelo endereço IP (Protocolo de Internet) da conexão. Imagens de pedofilia, caso fossem salvas no computador, mesmo sem conhecimento do cliente, também permitiriam seu indiciamento.
Para evitar problemas assim, vale o conselho óbvio: o cliente deve sempre que possível acompanhar de perto a visita do técnico da operadora.
Caso perceba só depois que houve acesso a sites de conteúdo criminoso, é possível registrar uma ata notarial (o tabelião vai até a residência do cliente e registra capturas de tela e documentos, como o relatório de visita, que comprovem data e horário em que o técnico esteve lá). Por último, é necessário registrar um Boletim de Ocorrência de “preservação de direitos”, descrever o ocorrido e anexar a ata notarial.
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