Em 2005, os usuários já tinham um nível significativo de opções quanto a estilo e personalidade no noticiário na web. No entanto, virtualmente toda a captação de notícias continuava sendo feita pela antiga mídia, e os principais novos desafiantes exclusivos da Internet pareciam ter feito menos progresso em conteúdo do que os sites da antiga mídia, em relação ao ano anterior.
Também houve diversas tentativas sérias de explorar as dimensões multimídia da web em alguns lugares, o imediatismo em outros, e a transformar a web num espaço para receita de publicidade.
Em nossos primeiros dois anos de estudos do jornalismo online, descobrimos que os sites aproveitavam o potencial da web em grau drasticamente variável, e isso ainda parece ser verdade. Também descobrimos que a idéia de que um novo tipo de jornalismo estava se formando nesse meio era prematura. Isso ainda é verdade. De modo geral, pelo menos nos últimos anos as matérias principais que as pessoas encontravam online costumavam ter maior profundidade de fontes e conteúdo do que na televisão, mas ficavam atrás dos jornais impressos. Nossa amostragem deste ano sugere que isso pode estar mudando. A Internet é um ambiente que hoje pode, pelo menos em alguns casos, ser mais rico do que o oferecido em qualquer outro lugar.
Nos estudos anteriores, examinamos diversos sites de notícias várias vezes por dia em 20 dias diferentes, escolhidos ao acaso. Este ano, como parte de nosso estudo "Um dia na vida das notícias", examinamos sete sites repetidamente ao longo de um dia -- 11 de maio de 2005 --, comparando-os com o que era oferecido em outros lugares e entre si. Além de uma visão puramente estatística ou quantitativa, examinamos mais profundamente os sites, formando também impressões qualitativas.
Pelos números, o ambiente da web é rico. Os cinco sites internacionais que examinamos tinham maior profundidade de fontes que qualquer outra mídia estudada, incluindo os jornais nacionais. Ao todo, 85% das matérias principais na Internet continham quatro ou mais fontes, superando qualquer outra mídia (nos jornais nacionais eram 78% e nos noticiários noturnos das redes de TV, o veículo com fontes mais profundas, eram 31%). Os dois sites de Internet com noticiários locais estudados também tinham grande profundidade de fontes.
A web também rivalizou com os principais jornais em quanto era revelado sobre as fontes. Tanto nos jornais nacionais quanto nos sites da web, nove em cada dez reportagens continham pelo menos duas fontes totalmente identificadas, de modo que o público não apenas conhecia sua perícia mas também os potenciais vieses que pudessem ter. Os consumidores podiam avaliar por si próprios o que as fontes diziam.
Os principais sites da Internet também só perderam para os grandes jornais nacionais no grau de contexto que suas matérias ofereciam ao público sobre os acontecimentos. Em nosso índice que mede quantos elementos de contexto havia nas grandes notícias do dia, 45% das matérias online continham três elementos ou mais, contra 57% nos jornais nacionais. O índice mais alto em televisão foi o noticiário matinal das redes, com 39%.
Os sites nacionais da Internet também eram relativamente livres de opiniões dos repórteres, pelo menos nas principais matérias. Só 6% continham opinião de jornalistas, comparadas com 15% de todas as matérias nos jornais nacionais, 48% das matérias nos noticiários matinais da TV e 46% das matérias em noticiários de canais a cabo.
Os principais sites nacionais também tendiam a concordar sobre a principal matéria do dia. Às 9hs, quatro dos cinco sites nacionais tinham a mesma matéria principal: a violência no Iraque. Duas horas depois, quatro concordavam com a matéria principal: o alerta em Washington por causa de um pequeno avião que violou o espaço aéreo restrito.
Além dos números, porém, havia muito mais diferenças entre esses sites do que pode parecer à primeira vista.
Online, a Dama Cinzenta do jornalismo trabalhou um pouco mais do que as pessoas podem perceber.
O site ainda é claramente o de um jornal, e as diferenças entre ele e os sites organizados principalmente por máquinas são enormes. Mas o NYTimes.com usa de maneira notável as funções interativas e multimídia. Ainda mais importante, ele atualiza as matérias muito mais que vários outros sites de jornais, e muito mais do que fazia um ano atrás. Às 5hs de 11 de maio, e ainda mais às 9hs, o site era muito diferente do início do dia. A sensação que um visitante tem ao entrar e sair do NYTimes.com durante o dia é o de uma redação viva, com as reportagens aparecendo quando os repórteres as terminam, e acrescentando atualizações conforme surgem.
O noticiário era sempre organizado por uma forte sensação do que é importante, não apenas o que é novo, e isso o distinguiu de sites como Yahoo e Google. Em certo sentido, a abordagem deve ser "todas as notícias dignas de publicar".
A apresentação da página, que no início de 2006 não havia mudado desde 11 de maio de 2005, começa com quatro matérias principais e uma grande foto. Ao lado das matérias principais no topo, os usuários vêem três outras reportagens importantes, mais os editoriais do dia, os artigos de opinião do dia e as notícias sobre os mercados mundiais. No meio da página, abaixo das quatro matérias principais, havia um resumo seção por seção da edição impressa do dia, o que dava aos usuários acesso a 61 outras matérias, mais oito das últimas reportagens das agências AP e Reuters, tudo da primeira página do site.
Às 9hs o site é essencialmente o jornal matutino online, mas não completamente. A atualização já começou. Já às 7:24 de 11 de maio, a matéria principal na página foi trocada para uma diferente da primeira página do jornal. O jornal já tinha publicado uma matéria assinada sobre a violência no Iraque que havia acontecido à noite. Os próximos usuários puderam ler sobre os planos do secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, de reduzir as forças militares, sobre a vitória da United Airlines para adiar o pagamento das aposentadorias dos funcionários e uma matéria sobre a Aids na África.
Durante o dia as notícias que ganhavam o topo da página mudavam conforme as matérias se deslocavam pelo site. E, ao contrário do modo como a TV a cabo utiliza o imediatismo, a hora em que o evento ocorria não determinava necessariamente o local onde a matéria aparecia. Veja a reportagem sobre o alerta do avião. Ela começou como um item secundário, quando a notícia estava chegando. Só mais tarde, depois que o evento foi melhor compreendido, ela se tornou a matéria principal da página, às 17hs e às 21hs.
A matéria sobre o Iraque continuou entre as principais o dia todo, mesmo depois que tecnicamente se tornou "notícia velha". Ela foi atualizada em três das quatro vezes que verificamos o site -- o "Pelo menos 60 morreram em nova rodada de ataques no Iraque" se tornou "Pelo menos 79" mortos às 16hs. O crédito da matéria também mudou, de John Burns e Terence Neilan (editor-repórter da edição na web) no início do dia, para um único autor, Burns, à tarde. Uma matéria sobre a redução do déficit comercial passou de um lugar secundário para um principal, voltou para secundário e finalmente saiu da página.
Às 21hs, cinco das seis matérias principais na página eram novas ou estavam significativamente atualizadas em relação à manhã. Em toda a primeira página, basicamente mais da metade das matérias eram novas -- antes da publicação do jornal do dia seguinte. Em toda a primeira página, de fato, 31 das 67 matérias eram novas ou significativamente atualizadas depois das 9hs (28 eram totalmente novas). Se você retirar as 16 matérias de seções especiais de fim de semana como Jantar e Vinho, Casa e Jardim ou Automóveis, o grau de atualização é ainda maior -- 31 atualizadas e 20 não modificadas.
No que se trata de explorar a natureza interativa e multimídia da web, o Times ficou atrás de alguns de seus rivais voltados para a TV, mas muitas vezes à frente dos agregadores online. Um quarto de suas principais matérias (25%) continha links para vídeo, como a matéria sobre os planos de Rumsfeld e as matérias sobre o alerta do avião em Washington (comparadas com 45% em média de todos os sites examinados). Apenas 5% das matérias principais ofereciam links de áudio (a média foi 6%). Nenhuma das matérias principais dava aos usuários a oportunidade de personalizar ou manipular dados nesse dia (a média foi 18%). E 30% das matérias ofereciam aos usuários a possibilidade de se comunicar com o Times se tivessem uma pergunta (a média foi 39%). Incidentalmente, esses números não são muito diferentes dos que descobrimos dois anos antes em um estudo semelhante do site do Times. No início de 2006, o Times anunciou que todos os créditos no site se tornariam links através dos quais os usuários poderiam contatar os repórteres por e-mail.
O Google News oferece aos usuários uma experiência totalmente diferente do New York Times ou dos sites de outros canais tradicionais de notícias.
Nele, as notícias não são editadas por pessoas, mas por algoritmos, e o site não produz conteúdo original. Em outras palavras, os computadores escolhem entre uma série de conteúdos produzidos em outros lugares.
"Pesquisa e examina 4.500 fontes de notícias atualizadas constantemente", a página promete no alto. O resultado não é tanto uma organização das notícias, e sim um amontoado em pilhas diferentes -- com cerca de 14 mil artigos acessíveis da primeira página do site.
Mas em seu esforço computadorizado para estar constantemente atualizado, o site também revela que a natureza contínua do ciclo de notícias 24 horas por dia, 7 dias por semana, não é realmente tão contínua. Um grande número de matérias acrescentadas ao site durante o dia são versões quase idênticas do mesmo evento, vindas de diferentes canais de mídia. Não há realmente informação nova para relatar, apenas outras versões das histórias. Por exemplo, a matéria da Canadian Broadcasting Corporation sobre o avião, que liderou o site às 17hs, tinha informação diferente, e possivelmente mais interessante, da matéria sobre o avião que era a chamada às 21hs da Reuters. A matéria da Reuters era mais longa e tinha mais repercussão oficial, mas a matéria da CBC não apenas descrevia quem era o piloto e o que ele estava vestindo -- camiseta e shorts, o que parecia enfatizar que era um estudante de pilotagem que cometeu um erro --, como incluía uma foto de sua prisão. E às 21hs a matéria da CBC desapareceu da primeira página.
O site abre com duas matérias principais na coluna principal, no centro, e outros cinco títulos à direita, com notícias que variam de negócios a esportes. Abaixo vem uma lista de temas "No Noticiário" -- em 11 de maio as palavras-chaves incluíam Delta Air Lines, Riverside County, Van Gundy e os Detroit Pistons.
Depois disso vêm três matérias principais sobre cada um de oito títulos de tópicos diferentes -- Mundo, EUA, Economia, Ciência/Tecnologia, Esportes, Entretenimento, Saúde e Outras Matérias Importantes.
Para cada fato noticiado, o Google News aparentemente oferece todas as matérias relacionadas que consegue encontrar. Em 11 de maio, por exemplo, a matéria principal às 9hs sobre uma granada encontrada perto do local onde Bush fez um discurso na antiga República Soviética da Geórgia, tinha links para outras 1.968 matérias sobre o caso. Ao todo, as 31 "matérias" destacadas na primeira página do Google News às 9hs nesse dia eram na verdade links para 14.228 matérias separadas. A profundidade é de tirar o fôlego. Mas a utilidade disso, para uma pessoa média, é difícil de entender.
A cada visita posterior encontramos novas matérias na maioria dos lugares. Segundo os números, 80% das matérias principais eram novas no Google. Mais uma vez, porém, geralmente eram sobre os mesmos fatos, apenas novas versões obtidas em um novo canal. Às 13hs, por exemplo, a matéria sobre protestos contra os EUA no Afeganistão era da CNN, com links para NPR, o San Diego Union Tribune, Radio Australia e outros. Às 17hs havia matérias da Associated Press, ABC News e International Herald Tribune. Às 21hs, uma reportagem do Scotsman (UK), mais Reuters e The Guardian no topo da página. As notícias de fato não variavam muito, às vezes nem mesmo a fonte original. Às 17hs, por exemplo, a matéria sobre tumultos no Afeganistão vinha do Guardian Unlimited, mas um exame mais minucioso mostrou que na verdade era uma matéria da AP. A história sobre os tumultos logo abaixo dela era da ABC News, segundo dizia, mas também era a matéria da AP.
No Google, alguns tópicos recebiam mais destaque que em outros lugares. Ciência/Tecnologia, por exemplo, aparece em terceiro lugar na lista, seguido de Esportes e Entretenimento. Temas que recebem mais destaque em outros lugares, como política, aqui não têm seções especiais.
Ao explorar o potencial da web para multimídia e interatividade, o Google ficou atrás, pelo menos nesse dia. Somente 5% das matérias do site tinham links para vídeos dos fatos do noticiário, comparadas com a média de 45% nos sites monitorados, mas como isso também era uma conseqüência de utilizar matérias de diversas fontes a inclusão do vídeo era afinal uma chamada desses canais. Nenhuma das matérias do Google tinha links para gráficos, mapas ou textos especiais em boxes (a média nesse dia era de 17% das matérias). Somente 5% das matérias tinham links pelos quais os usuários podiam manipular ou personalizar os dados, enquanto a média era de 18%. E em apenas 15% das matérias do Google havia links pelos quais os usuários podiam dar seguimento com perguntas ou se comunicar com alguém, comparadas com 39% em nossa amostragem geral.
O único elemento multimídia em que o Google ficou acima da média foi no uso de áudio. Cerca de 15% das matérias principais tinham esses links, contra 6% em média.
Como a pauta de notícias oferecida pelos computadores do Google se compara com as dos editores do NYTimes.com? Às 9hs, o Google abria com a história sobre a granada que não explodiu perto de onde o presidente Bush havia discursado, uma matéria que nunca esteve perto do topo na pauta do New York Times nesse dia. Ambos os sites tinham no alto a violência no Iraque. O Google trazia em seguida a matéria sobre os tumultos no Afeganistão, que o Times só publicaria duas horas depois. Mas o Times tinha exclusivas, uma entrevista com o secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, e uma matéria sobre a Aids na África que não estavam no site do Google. A matéria sobre aposentadoria na United Airlines, que dominaria os elementos da imprensa americana nesse dia, não estava listada entre as matérias principais do Google em nenhum lugar da página.
Às 21hs, a história da granada estava novamente entre as "matérias principais" do Google (depois de ser substituída por uma matéria geral sobre as relações entre os EUA e a Geórgia às 13hs e outra sobre o orçamento canadense às 17hs). O Times também trazia o alerta do avião, mas continuava pensando que a violência no Iraque era importante, matéria que foi substituída no Google pela calma relativa no dia seguinte. Em toda a página, as matérias também tendiam a diferir, tema por tema. Aparentemente, pelo menos em 11 de maio, as opções feitas pelas máquinas do Google diferiam das opções feitas pelos editores do New York Times.
O Yahoo News leva o espírito do Google News -- o usuário é o editor -- um passo adiante. Ele separa as notícias de diversas maneiras e permite que os usuários escolham como querem vê-las -- por fonte, por tema, por gênero (fotos, opinião), por matérias mais populares, mais vistas e até algo chamado "notícias estranhas".
Os usuários também têm a capacidade, dentro de limites bem definidos, de acrescentar ou remover categorias e modificar o layout.
Mas o Yahoo não utiliza 4.500 fontes de notícias como o Google. Ele se concentra mais na avaliação de seis fontes -- AP, Reuters, Agence France-Presse (AFP), Los Angeles Times, USA Today e Christian Science Monitor. Os usuários também podem escolher suas próprias fontes de uma lista de 14.
Se o Google News tem a ver com garimpar a web para ter máxima profundidade, em outras palavras, no Yahoo News trata-se de navegar dentro de limites mais claros para ter o máximo de opções.
(A página foi redesenhada depois de 11 de maio de 2005, mas o resultado é semelhante. Os usuários escolhem entre as diferentes fontes usando orelhas, de modo que fica mais fácil ver um número maior de classificações. Há um pouco mais de matérias principais apresentadas no início da página, e algumas novas fontes são oferecidas, como a NPR. No início de 2006 os usuários também tiveram a oferta de um conteúdo original mínimo produzido por jornalistas do Yahoo, sob o título "Exclusivo do Yahoo", embora a quantidade de conteúdo original fosse mais simbólica que substancial.)
Em 11 de maio, o topo da página às 9hs era uma matéria sobre o bombardeio no Iraque, da AP, que apresentava um grande título, uma foto de um carro muito danificado e um "lead" com a data e o local. Era a única matéria na página apresentada com destaque. Depois vinha basicamente uma lista de títulos: havia um título "Matérias Principais", uma lista das seis fontes das quais o site obtém notícias e cinco títulos de cada uma delas. Nesse dia, várias matérias eram iguais às de outros lugares, mas não todas. A chacina em Illinois era uma matéria principal em quatro dos seis canais às 9hs, e a matéria sobre o Iraque era uma das principais em todos os serviços noticiosos às 13hs. O Christian Science Monitor, com sua orientação para matérias especiais, mais que notícias quentes, também oferecia uma pauta diferente ("Dias decisivos para Frist e o Partido Republicano", "Corrida para prefeito de Los Angeles indica novas alianças étnicas").
A lista de títulos principais da página era seguida de um link para a homepage do New York Times (não mais oferecida no mesmo lugar). Depois vinham categorias que o jornalistas tradicionais às vezes acham absurdas, desafiadoras e até um pouco horripilantes: os usuários podem clicar nas matérias "mais populares", seguidas pelas "mais vistas" e as "mais recomendadas". Não fica totalmente claro quais são as diferenças. Mas às 9hs de 11 de maio as matérias "mais populares" tinham pouca relação com as principais matérias definidas por qualquer das organizações noticiosas listadas. A matéria mais popular era "Ilhas do Novo Mundo surgem das águas de Dubai". A segunda era "Mark Hamill conta lembranças de 'Guerra nas Estrelas'". A "mais vista" estava mais próxima da pauta da AP. Mas as matérias "mais recomendadas" eram as mais intrigantes de todas: "Puget Sound tem saúde em declínio" e "Corretores de imóveis combatem cortes de custos com decisão de manter as taxas altas" e "Especialistas: incêndios podem ter ajudado os planetas".
Pelos números, o Yahoo era bastante típico no que se trata de atualizações. Pouco menos da metade de suas matérias principais (45%) foram substituídas durante o dia. Outras 33% foram atualizadas de alguma forma. Assim como o Google, porém, a atualização não é uma decisão tomada pela equipe; neste caso são as últimas publicações de cada um dos principais canais de notícias -- nesse dia, de três deles (AP, Reuters e AFP). A diferença do Google está em quê os dois sites tiram de onde, e em como oferecem as notícias aos usuários. O Yahoo as obtém de um pequeno grupo de canais e lista as matérias por canal. O Google as traz de um número quase ilimitado de canais e as lista por tema.
No que se trata de explorar as dimensões interativas e multimídia da web, o Yahoo mais uma vez estava mais ou menos na média dos sites. Pouco mais da metade de suas matérias continha links para vídeos dos fatos descritos (55%, contra 45% em média) e os links de vídeo eram para as principais matérias do dia -- os bombardeios no Iraque, as chacinas em Zion, o combustível nuclear da Coréia do Norte. Dois terços (65%) ofereciam galerias de fotos. Um quarto das matérias tinha links pelos quais os usuários podiam personalizar ou manipular dados (ligeiramente acima da média de 18%). E três quartos das matérias ofereciam a possibilidade de se comunicar ou interagir com alguém para dar seguimento (quase o dobro da média de 39%) de diversas maneiras, desde enviar um e-mail para painéis de mensagens até publicar opiniões. Nisso o Yahoo se saiu muito melhor que seu rival Google, melhor que o New York Times e mais ou menos empatado com sites que têm origem na televisão, como CBS e CNN.
Somente no uso do áudio o Yahoo ficou atrás. Nenhuma de suas matérias principais, pelo menos em maio, tinha links de áudio (comparadas com 18% em geral).
Se o Google e o Yahoo representam empresas de buscas na web que estão ingressando no jornalismo, o CBSNews.com está na vanguarda das redes de TV que tentam encontrar um caminho para entrar no mundo interativo. 11 de maio foi a véspera da remodelagem do site depois da contratação do empresário online Larry Kramer como chefe da CBS Digital.
Mas no dia de nosso estudo "Um Dia na Vida" a CBS já oferecia aos usuários uma clara matéria principal com uma foto, um especial interativo e vídeo, seguida de uma segunda matéria que também oferecia diversos destaques. Uma lista de outros 14 títulos ficava abaixo destas. Algumas matérias, porém, eram repetidas em mais de um lugar. Essa seção era seguida da edição online da CBS Evening News, uma oportunidade de assistir ao noticiário online.
Então havia outros 47 títulos na página, divididos por categorias -- EUA, Mundo, Saúde, Entretenimento, Opinião, Ciência-Tecnologia, Política, Negócios, Notícias da Tarde, Primeira Aparição.
Em maio passado, o nível de atualização da página era substancial, mas também havia um esforço para que o nível de modificação parecesse maior do que realmente era. A matéria principal e a segunda matéria, por exemplo, tendiam a ser trocadas entre si, e outras matérias se moviam pela página. Às 9hs o bombardeio do Iraque abria a página. Às 13hs o susto do avião em Washington assumiu essa posição, enquanto o depoimento do ator Macaulay Culkin vinha em segundo lugar e a matéria sobre o Iraque passou para a margem direita, abaixo de uma sobre a chacina em Zion. Às 17hs as matérias sobre Culkin e sobre o avião foram trocadas. Com o passar do tempo, também houve uma notável redução no ritmo de atualizações. Às 13hs, 10 das cerca de 65 matérias eram novas ou atualizadas em relação às 9hs (embora isso nem sempre fosse indicado para o leitor). Às 17hs , havia outras 10 matérias novas. Às 21hs havia apenas mais uma nova, da WebMD.
Quando se trata de números, a natureza de um site baseado na televisão -- contra um agregador online ou um jornal -- ganha destaque. Apenas parte do texto do CBS.com vinha da CBS. Nenhuma das matérias principais do site durante todo o dia era produzida só pela CBS, mas 95% delas citavam a equipe da CBS e agências. Isso é muito diferente do New York Times, onde 90% das matérias eram escritas pela equipe própria.
Por outro lado, nas notícias não-textuais, a quantidade de conteúdo original aumentava. O site incluía dezenas de matérias em vídeo que eram totalmente originais da CBS, em geral trechos de diferentes emissões.
De fato, assim como outros sites baseados na TV, mesmo em maio de 2005 o site tendia a ser muito bom na exploração da natureza multimídia da web. Uma porcentagem notável de 85% de suas matérias principais tinha links para vídeos dos fatos descritos, enquanto nenhuma tinha link só para áudio. Somente 5% das matérias principais davam aos usuários a possibilidade de personalizar, e nenhuma das matérias principais oferecia links específicos pelos quais eles pudessem se comunicar com a CBS sobre a apresentação.
Tudo isso mudou. A página da CBS disponível em 2006 é bem mais uma fonte de notícias contínua. O site inclui uma boa quantidade de vídeo só para Internet. Ele acompanha os fatos do noticiário muito depois que os noticiários noturnos saíram do ar, inclui uma seção "interativos" em que os usuários podem encontrar todas as atrações interativas da página em um só lugar, e uma seção especial de "Notícias Estranhas", como o Yahoo.
O site também contém uma seção chamada "Construa Seu Noticiário", onde os usuários podem escolher e organizar entre 20 matérias principais do dia e 18 outros pacotes. Isso cria a capacidade de os leitores verem um noticiário online muito diferente do que está disponível nos noticiários noturnos ou matutinos, e muito maior. E existe uma seção substancial onde os usuários podem baixar programação podcast em PDA e MP3.
A margem esquerda do novo site também contém uma atração "Somente na Web", em que os correspondentes da CBS News geram grandes quantidades de conteúdo em vídeo original, e não reaproveitado da TV.
Única entre as redes e a maioria dos outros sites, o CBSNews.com também contém o CBS Public Eye (a visão do público), uma iniciativa lançada depois da chegada de Kramer para permitir que os consumidores reajam, falem sobre, critiquem ou interajam diretamente com os diretores de jornalismo da CBS. Mais que uma página, é um site dentro do site. Ele inclui ensaios de colaboradores externos, comentários de espectadores, respostas de jornalistas da CBS e blogs de autores do Public Eye.
É provavelmente a tentativa mais séria de transparência e diálogo que vimos em nossa amostragem. Ele acrescenta uma dimensão à abordagem da CBS que faz dele, juntamente com um jornal local que monitoramos, a tentativa mais importante de criar a sensação de uma organização noticiosa oferecendo um produto diferente com uma personalidade distinta online, em vez de apenas uma fonte de notícias que envolve multimídia e atualização constante. Mas Public Eye também parece uma obra em progresso, e o visitante sente que dentro de um ou dois anos poderá ser muito diferente, especialmente se os blogs começarem a perder importância ou evoluírem como uma nova dimensão da web.
O site do mais antigo canal de notícias a cabo tornou-se um dos mais populares na web, ficando constantemente entre os três principais (ao lado de Yahoo e MSNBC). O que as pessoas encontram aqui é um site cujas matérias principais em 11 de maio se destacaram por quase todos os nossos critérios -- nível de conteúdo original, atualização, novidade do conteúdo ou utilização de multimídia. Mas além desses itens principais, assim como os noticiários da TV a cabo, há menos conteúdo por baixo. O restante do site conta com informações da AP para a maior parte das notícias e oferece menos do que as pessoas podem obter em vários outros lugares.
O CNN.com recai totalmente no campo da antiga mídia, fazendo opções para as pessoas sobre quais são as notícias mais importantes, embora não ofereça um botão para matérias "Mais Populares". Ainda assim, se somarmos o material de agências e o material original, o CNN.com oferece um cardápio de notícias muito semelhante ao que os espectadores encontram no canal a cabo durante o dia.
A página de 11 de maio (e sua estrutura não tinha mudado no início de 2006) apresentava uma matéria principal, para a qual os usuários eram atraídos por uma grande foto. Às 9hs, era a notícia "Seis bombas matam 54 no Iraque", a mesma que em vários sites estudados. (Incidental mente, a CBS.com às 9hs dava o número 61, o NYTimes.com "mais de 60", a Reuters "pelo menos 70" e a AFP "pelo menos 64".) Essa matéria também tinha links para dois vídeos separados -- sobre o bombardeio e sobre a luta no Iraque em geral --, mais uma matéria sobre o financiamento do Senado para a guerra e um relatório especial, "Iraque: Transição de poder".
Depois da manhã, porém, o lugar principal na página seria ocupado pelo susto do avião -- às 13hs, 17hs e 21hs. A história foi atualizada durante todo o dia e havia novas imagens e links, mas, como em sua matriz a cabo, o site da CNN considerou a história da invasão do espaço aéreo pelo Cessna a grande matéria do dia.
À esquerda dessa chamada principal, o site oferecia sete outros títulos sob o item "Mais Notícias". E havia muitas reportagens policiais nesse dia -- às 9hs a chacina em Illinois, outro homicídio múltiplo na Califórnia, o julgamento de Michael Jackson e a condenação de um "assassino de tendência canibal" formavam a lista. Mas também havia um uso substancial de links e de multimídia. Quatro das sete matérias continham links para vídeo, e ainda havia outra reportagem especial sobre Jackson.
Essa seção era seguida por mais multimídia, as últimas atualizações da CNN Radio e vídeos sobre a entrada do príncipe Harry da Grã-Bretanha nas forças militares. Depois havia um link para a homepage do principal programa do canal de notícias, Larry King, seguida de uma reportagem sobre a Bolsa e cotações.
Abaixo vinha o resto do menu de notícias, dividido em tópicos -- EUA, Mundo, Tecnologia, Entretenimento, Política, Lei, Saúde, Ciência e Espaço, Viagem, Educação, Esportes, Negócios -- cada um deles oferecendo alguns títulos, sendo ao todo 24. Mas aí parou o esforço de originalidade da CNN. Essas 24 matérias eram todas de agências, principalmente da AP.
Portanto, são na verdade dois sites -- as cerca de 8 matérias principais para as quais a CNN produziu pacotes e matérias de texto durante o dia, incluindo algumas matérias de fundo sobre notícias mais antigas, e o menu maior de notícias da AP.
Durante o dia, a CNN deu bastante atenção às matérias que ela mesma produziu. Quase a metade, 45%, foram substituídas às 21hs e outras 40% seriam atualizadas no mesmo período. Ao contrário das atualizações computadorizadas dos agregadores, estas eram trabalho de correspondentes da CNN e muitas vezes tinham links para as últimas reportagens na TV, assim como outros componentes de vídeo ou áudio.
Três quartos das matérias durante o dia incluíam vídeos e três quartos, galerias de fotos. Três quartos delas também permitiam que os usuários personalizassem ou manipulassem dados. Uma em cada cinco (20%) incluía links para áudio e a metade continha gráficos e mapas. Às 21hs, por exemplo, a matéria principal sobre o susto do avião em Washington também incluía vários links diferentes para barras laterais, galerias de fotos ou vídeos -- tudo a partir de uma linha do tempo ("os 47 minutos principais") para um pacote sobre "Como se toma a decisão de derrubar um avião".
Mas a ênfase para multimídia, atualização e interatividade mais uma vez se limitava às oito matérias principais. Na seção maior abaixo, que forma o grosso da homepage da CNN, somente quatro das 24 matérias de agências seriam substituídas por material mais novo durante o dia. E havia pouco em termos de multimídia ou outros links.
Quarto à pauta de notícias, excluindo a AP, o site tem uma espécie de equilíbrio que o canal de TV não tem. Na web, a matéria sobre o susto do avião era a principal, mas não dominava o espaço, como na TV. Os usuários podiam decidir o quanto queriam saber sobre a história do avião.
Mas, comparando a Yahoo, New York Times ou Google, a página popular da CNN oferece aos usuários um cardápio de notícias muito mais limitado.
Como o nome indica, JSOnline representa uma tentativa de criar uma experiência noticiosa para usuários online diferente da que eles podem ter na mídia impressa, mas relacionada a ela, com todos os recursos de um jornal com uma circulação de 240 mil em dias de semana e 430 mil aos domingos.
Naquela manhã o Milwaukee Journal Sentinel foi ampliado na web com uma seção que indicava aos usuários as últimas notícias em um "Weblog", mais um menu que dividia as notícias por cidade, com links para bate-papos online, blogs da equipe de redação, galerias de fotos de leitores e até maneiras de obter RSS, e um link para que as pessoas pudessem facilmente enviar novas dicas.
Uma parte do que vem depois, especialmente a generosa oferta de blogs da redação, é uma atualização da aparência do site em 11 de maio de 2005, mas a filosofia geral já estava lá.
A ênfase do JSOnline era simplesmente atualizar um determinado jornal matutino -- entregar o jornal em tempo real. O Journal Sentinel parece estar encarando a tarefa como se a Internet fosse uma mídia diferente, desenvolvendo rapidamente uma personalidade diferente que vai além da capacidade do imediatismo em tempo real.
Em 11 de maio o JSOnline tentava explorar as possibilidades da web tanto quanto qualquer site que encontramos, e de certas maneiras mais que os sites Google e Yahoo, que não têm jornais. A diferença era a capacidade de oferecer conteúdo original e o fato de que o jornal estava claramente ligado a uma comunidade.
As 9hs daquele dia o JSOnline parecia muito o jornal da manhã, abrindo com uma matéria sobre fraude nas eleições locais na margem direita, uma polêmica sobre a mudança do nome do time esportivo Marquette e uma matéria sobre um estudante local suspenso por usar vestido na festa de formatura. Conforme o dia avançou, o site acrescentou "DayWatch, um Weblog das notícias de hoje" -- números de vendas de imóveis, uma batalha legislativa sobre impostos e um depoimento num julgamento local -- em um box acima da matéria principal do site. "DayWatch" não é estritamente um blog no sentido típico. O jornal publica principalmente os primeiros parágrafos de matérias que deverão aparecer no jornal do dia seguinte. Em vez de encher a página com novos títulos de matérias já publicadas, porém, as novas publicações são dispostas na página em ordem cronológica. Conforme o dia passa, a seção cresce. As atualizações são publicadas como material novo, e não como modificações das matérias anteriores, a mesma sensação que se tem nos blogs pessoais.
Outras mudanças no site durante o dia foram escassas, mas às 17hs a matéria principal também era nova, pois a polêmica sobre o nome Marquette havia tomado um novo rumo. Os Guerreiros, que tiveram seu nome mudado para Águias de Ouro, estavam novamente reconsiderando seu nome. A matéria do Marquette empurrou a matéria sobre a fraude eleitoral para a margem direita.
Abaixo de "DayWatch" os usuários encontram as principais matérias do jornal daquela manhã. Sob estas vêm matérias de agências de todo o país e do mundo, que são atualizadas ao longo do dia.
Embaixo, no lado esquerdo, o noticiário não é oferecido por seções, mas por cidades -- Milwaukee, Waukesha, Washington, Ozaukee, Racine. Aqui são listadas não apenas matérias desse dia, mas também de dias anteriores. Mais uma vez, o imediatismo não é o único valor; a localidade também é importante. Em Esportes, o título seguinte, os usuários podem navegar diretamente para onde quiserem -- Packers, Bucks, Brewers, Marquette, etc.
Por números, o JSOnline não se concentrava especialmente em multimídia. Somente cerca de 2 de suas 10 matérias principais apresentavam vídeo, menos que qualquer outro site fora o Google. Nenhuma matéria em 11 de maio apresentava uma galeria de fotos ou áudio. Mas o site estava entre os líderes em matérias que permitiam aos usuários manipular e personalizar a informação.
Em todas as matérias principais convidava os leitores a se comunicar e fazer perguntas -- o único site que atingiu esse nível. Cada matéria também incluía o endereço de e-mail do repórter -- "clique aqui para enviar uma mensagem".
Desde que estudamos o site ele expandiu suas ofertas na web. "DayWatch" tem em média 20 publicações por dia, e o site acrescentou "FirstWatch", um blog que oferece aos leitores uma prévia em diálogo das notícias do dia. O JSOnline também passou a investir mais em multimídia, acrescentando apresentações de site com áudio, vídeo e pacotes interativos.
A sensação geral que se tem é de um site que não tenta explorar alguns aspectos do que a web pode oferecer, mas, dentro do alcance de um jornal de uma cidade de porte médio, tantos quantos eles puderem imaginar.
Click2Houston.com, o site da KPRC, Canal 2, afiliada da NBC em Houston, é produzido pela Internet Broadcasting Systems Inc., uma companhia que produz e gerencia sites para cerca de 75 estações e programas, desde Telemundo.com até o programa de distribuição nacional "Access Hollywood".
Click2Houston segue um modelo básico que várias estações dessa órbita utilizam, embora pareçam de certa forma personalizadas para cada estação. Esse modelo representa a mistura mais séria de editorial e publicidade que encontramos. A sensação que tivemos é de que o site não é controlado pela sala de redação. Aqui, o noticiário é um componente do espaço publicitário.
O layout da KPRC apresenta quase 30 orelhas no topo da página, com ênfase para meteorologia, e uma coluna central que chama de "A Grande História", onde apresenta um punhado de matérias importantes que incluem uma boa quantidade de multimídia. Em 11 de maio essas matérias eram nacionais e locais, e foram trocadas ou atualizadas durante o dia, mas a matéria dominante era local -- a colisão de um trem com um carro. Essa matéria, com suas atualizações, foi a principal às 9hs, 17hs e 21hs. O susto com o avião foi a matéria principal às 13hs.
Abaixo das três matérias principais vinha "Últimas Notícias", começando com notícias locais e regionais, depois nacionais e mundiais, e a seção de vídeo "Click2Video". A seção de notícias locais e regionais apresentava uma combinação de conteúdo de agências e produzido pela estação. O noticiário nacional e global era evidentemente de agências, e a de vídeo era listada em outro ponto da página.
Mas o site se destacou por salientar itens que, embora nem sempre explícitos, eram claramente de conteúdo pago, editorial publicitário ou simples publicidade, mas parte dele empacotado para quase parecer conteúdo editorial.
Uma coisa chamada "Local 2 Experts", por exemplo, diz "Aprenda com os melhores! Para encontrar uma variedade de produtos e serviços de excelentes empresas aqui em Houston, visite a seção Local 2 Experts e encontre a ajuda que você precisa dos especialistas locais! Clique aqui".
Depois de clicar, o usuário encontrava títulos como "reformas, restauração de concreto, piscina, colchão", e muitos outros. Em cada um deles o visitante via uma descrição em uma linha da empresa local e um convite para "mais detalhes", que por sua vez remetia a um editorial publicitário formatado com um videoclipe de uma pessoa da empresa local. Qualquer um que procurasse critérios para escolher as empresas não encontraria. Eram anunciantes, e não o resultado de um esforço da estação para encontrar os melhores ou mais experientes.
A orelha ao lado desta, "Click2Win" (Clique para ganhar), permitia que os usuários entrassem em concursos oferecidos por empresas locais. A orelha vizinha, Imóveis, levava para anúncios de empresas imobiliárias e assim por diante. Havia cerca de 20 dessas orelhas ligadas a conteúdos publicitários no topo da página -- desde "Namoros" (página "patrocinada" pela empresa de encontros online eHarmony) até "Poupe em Tudo", um link para 34 páginas de cupons.
Além disso, essas 20 orelhas de publicidade aparecem acima e abaixo de cerca de 10 orelhas das seções de notícias do site: Notícias, Clima, Tráfego, Esportes, Editoriais, Dinheiro, Saúde, Entretenimento e Tecnologia.
Pelos números, o Click2Houston ficou no meio da nossa amostragem. As matérias principais eram freqüentemente atualizadas (45% foram trocadas em algum momento do dia em 11 de maio e outras 40% foram atualizadas). Mais da metade (55%) das matérias principais incluíam vídeo, e 0% fotos estáticas. Nenhuma tinha links para áudio.
Mas foi a mistura mais agressiva de editorial e publicidade que se destacou. Proporcionalmente, mais da metade do site parecia ser de conteúdo pago.