Com a reforma ortográfica, "maoismo" perde acento

"'Mauísmo' vem de maoísmo e mau."

"Mauísmo" é o nome do novo espetáculo do grupo Teatro da Vertigem, que explica o termo como uma fusão de "mau" com "maoismo".

A respeitar as normas do Novo Acordo Ortográfico, nem "mauismo" nem "maoismo" devem ter acento gráfico. Aliás, diga-se de passagem, o termo "mauismo" já foi sugerido como adaptação gráfica de "maoismo" (cf. Evanildo Bechara), uma vez que a pronúncia de ambos é idêntica e que os ditongos decrescentes grafam-se em português com as semivogais "i" e "u" - em outras palavras, os ditongos terminam com "i" ou com "u", não com "e" ou com "o".

Muito bem. O "Vocabulário Ortográfico", da ABL, não registrou a forma "mauismo", portanto oficialmente ela não existe, não foi consagrada como sinônimo de "maoismo". O que importa aqui, portanto, é lembrar a mudança ortográfica que atingiu a palavra "maoísmo" e quaisquer outras em que o "i" e o "u" tônicos formem hiatos com ditongos.

É esse o caso de termos como "baiuca" (observe a separação silábica: bai-u-ca; o "u" fica depois de um ditongo, "ai"), "bocaiuva" (que também é nome próprio, "Bocaiuva"), "Sauipe" (de "Costa do Sauipe"), "boiuno", "maoista", "maoismo", "taoismo", "taoista" etc.

Abaixo, os nomes adaptados à nova ortografia do português:

"Mauismo" vem de maoismo e mau.