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Dilma cita Lava Jato e diz que razões para impeachment são "políticas"

Em manifestação ao Senado, a presidente afastada, Dilma Rousseff, afirmou que a edição dos decretos orçamentários que são alvo da denúncia de impeachment eram atos de rotina da gestão e afirmou que o processo contra ela é movido por razões puramente políticas.
A manifestação de Dilma foi lida pelo advogado de defesa da petista, o ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo, em sessão da comissão do impeachment do Senado nesta quarta-feira (6). A sessão estava marcada para o interrogatório de Dilma, mas a presidente afastada decidiu não comparecer, o que é direito da defesa.
Entre as razões políticas apontadas por Dilma no processo de impeachment, a presidente citou a oposição de setores políticos à Operação Lava Jato, que segundo ela não teria sofrido restrições em seu governo.
Várias forças políticas, viam e continuam a ver, a minha postura de não intervir ou de não obstar as investigações realizadas pela operação Lava Jato, como algo que colocava em risco setores da classe política brasileira, afirma Dilma.
O texto enviado pela presidente ao Senado cita os áudios revelados pelo jornal Folha de S.Paulo de conversa gravada entre o delator e ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado e o senador Romero Jucá (PMDB-RR), um dos principais aliados do presidente interino, Michel Temer, e articulador do impeachment no Senado.
No áudio, Jucá parece sugerir um pacto político para conseguir frear a Lava Jato. Na conversa com Machado, Jucá afirma que tem que mudar o governo para estancar essa sangria. O senador do PMDB negou veementemente essa interpretação dada à conversa.
A outra razão política citada por Dilma seria a oposição aos programas de seu governo, principalmente aos programas sociais, citando o Prouni e o Fies, entre outros.
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