reprodução automática próximo vídeo em 5s

"A única coisa que mudou foi a fachada", diz moradora da Maré

A secretária Liliane Maria de França, 35, vive desde que nasceu na comunidade Baixa do Sapateiro, uma das 16 que compõem o Complexo de Favelas da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, área com um dos mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano da cidade. Após a escolha do Rio para sediar os Jogos Olímpicos de 2016, sete anos atrás, ela diz ter notado apenas uma mudança na região. E do lado de fora. A única coisa que mudou foi a fachada das vias expressas, que eles tamparam para que as pessoas de fora não vejam a comunidade, afirma, em referência às barreiras acústicas instaladas ao longo da Linha Vermelha, via expressa que dá acesso ao Aeroporto Internacional do Galeão. Ela conta ainda que a Maré vive em constante guerra, com frequentes operações policiais e tiroteios. O Rio, para mim, não pode ser chamado de cidade olímpica de maneira nenhuma. A gente não tem estrutura para ser a sede dos Jogos, completa. Leia mais no especial.