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Moradora relata problemas do Alemão e exclusão da "euforia olímpica"

A artista Mariluce Mariá de Souza, 34, que nasceu e foi criada no Complexo do Alemão, na zona norte do Rio de Janeiro, confiava na possibilidade de mudanças sociais a partir da ocupação pelo Estado, no fim de 2010, e da inauguração do teleférico do Alemão, no ano seguinte. Ela e o marido criaram o Rio Favela Tour, a primeira agência a oferecer visitas guiadas e roteiros históricos no conjunto de favelas, e esperavam aproveitar a chegada de turistas interessados nos Jogos Olímpicos para impulsionar o turismo nessas comunidades. Com a volta dos tiroteios constantes e a continuidade de velhos problemas de infraestrutura, porém, o sonho terminou em frustração, e o casal teve que encerrar as atividades em 2014. Segundo Mariluce, o panorama social não progrediu no Alemão, e os moradores continuam a sofrer com carências nas áreas de educação, saúde, saneamento e cultura. Ao UOL, ela afirmou se sentir excluída da euforia olímpica na capital fluminense. A gente está do outro lado do cartão postal, disse. Leia mais no especial.