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Em entrevista ao UOL, o senador Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, disse recear que, com o fim das doações de empresas a candidatos, as eleições municipais deste ano tenham um aumento no chamado caixa dois (doações não contabilizadas) nas campanhas. Eu temo que nós venhamos a ter nessas eleições a reedição do caixa dois em níveis maiores do que tínhamos anteriormente. É um grande laboratório. Há um consenso no país hoje de que nós precisamos baratear as campanhas. E, sob alguns aspectos, a nova legislação atende a isso. Mas o fim simples e imediato das contribuições de pessoas jurídicas --e nós defendíamos aqui um teto mais baixo de contribuições e limites menores de pessoas jurídicas-- sem que haja no Brasil a tradição desse financiamento por pessoas físicas, possa levar a manobras que infelizmente possam significar retrocesso, disse.
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