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10 anos depois, famílias de vítimas de desastre em Congonhas lidam com dor

Há dez anos, o voo JJ 3054 - que partira de Porto Alegre com destino a São Paulo - atravessou a pista do aeroporto de Congonhas e atingiu um prédio da empresa aérea, matando as 187 pessoas a bordo e outras 12 em solo.
A investigação oficial apontou que uma série de fatores foi responsável pelo acidente, como falta de área de escape no aeroporto, problemas na aeronave e treinamento insuficiente dos pilotos, mas não concluiu se falha humana ou mecânica foram determinantes.
Em junho deste ano, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) manteve a primeira decisão de 2015, que absolveu os três acusados em um processo que cobrava a responsabilidade criminal pelo acidente com o Airbus da TAM.
Respondiam o processo Denise Abreu, então diretora da Anac; Alberto Fajerman, ex-vice-presidente de operações da TAM; e Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro, ex-diretor de segurança de voo da empresa.
O Ministério Público havia pedido a prisão dos três por entender que todos assumiram o risco de expor ao perigo as aeronaves que operavam em Congonhas.
Os desembargadores discordaram, entendendo que não há provas suficientes para que uma ação direta deles tenha contribuído para a tragédia que matou 199 pessoas. Ainda cabe recurso da decisão às instâncias superiores.
A BBC Brasil ouviu parentes de vítimas sobre os impactos da perda no cotidiano das famílias e como lutaram - e ainda lutam - para superar as ausências.