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Feridos em protestos colocam sistema de saúde de Gaza em estado crítico

Muletas e pinos ensanguentados nas pernas, como os usados pelo jovem Wadie Ras, identificam os feridos nos protestos em hospitais de Gaza, onde centenas de pessoas com ferimentos se submetem a complexos tratamentos, a sequelas físicas de longa - ou perpétua - duração e a em um sistema de saúde frágil.

Diante da gravidade do ferimento produzido por bala explosiva do Exército israelense, Ras foi o primeiro a ser operado no Hospital Al-Shifa, no dia 14 de maio, quando mais de 60 palestinos morreram e 1.300 ficaram feridos na Grande Marcha do Retorno, agravada pela mudança da embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém. O Exército de Israel disse que os protestos, que deixaram 114 palestinos mortos, foram organizados pelo movimento Hamas e utilizados para cometer ataques terroristas, por isso responderam em legítima defesa.

A Anistia Internacional considera que o grande número de feridos, principalmente nas extremidades inferiores, mais parece ao de períodos de guerra do que ao de uma manifestação e afirma que foram utilizados rifles de atiradores de elite, que trabalham com munição de caça, que se expande e se espalha dentro do corpo.